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UE autoriza renovação do registo de glifosato por 10 anos

Em 16 de novembro de 2023, os Estados-Membros da UE realizaram uma segunda votação sobre a extensão daglifosato, e os resultados da votação foram consistentes com os anteriores: não receberam o apoio de uma maioria qualificada.

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Anteriormente, em 13 de outubro de 2023, as agências da UE não conseguiram emitir um parecer decisivo sobre a proposta de prorrogação do período de aprovação do glifosato por 10 anos, visto que a proposta exigia o apoio ou a oposição de uma "maioria específica" de 15 países que representassem pelo menos 65% da população da UE, independentemente de ser aprovada ou não. No entanto, a Comissão Europeia declarou que, em uma votação realizada por um comitê composto por 27 Estados-Membros da UE, tanto os pareceres de apoio quanto os de oposição não obtiveram maioria específica.

De acordo com os requisitos legais relevantes da UE, caso a votação seja rejeitada, a Comissão Europeia (CE) tem o direito de tomar uma decisão final sobre a renovação. Com base nos resultados da avaliação conjunta de segurança da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e da Agência Europeia de Regulamentação Química (ECHA), que não encontraram nenhuma área crítica de preocupação nos ingredientes ativos, a CE autorizou a renovação do registro do glifosato por um período de 10 anos.

 

Por que foi aprovado renovar o período de registro por 10 anos em vez de 15 anos?

O período geral de renovação de pesticidas é de 15 anos, e a autorização para o glifosato foi renovada por 10 anos, não devido a problemas de avaliação de segurança. Isso ocorre porque a aprovação atual do glifosato expira em 15 de dezembro de 2023. Essa data de expiração é resultado da concessão de um caso especial por cinco anos, e o glifosato passou por uma avaliação abrangente de 2012 a 2017. Dado que a conformidade com os padrões aprovados foi verificada duas vezes, a Comissão Europeia escolherá um período de renovação de 10 anos, acreditando que não haverá novas mudanças significativas nos métodos científicos de avaliação de segurança no curto prazo.

 

A autonomia dos países da UE nesta decisão:

Os Estados-Membros da UE continuam responsáveis ​​pelo registo de formulações que contenham glifosato nos seus respetivos países. De acordo com a regulamentação da UE, existem duas etapas para a introduçãoprodutos de proteção de cultivosno mercado:

Primeiro, aprovar o medicamento original em nível da UE.

Em segundo lugar, cada Estado-membro avalia e autoriza o registro de suas próprias formulações. Ou seja, os países ainda não podem aprovar a venda de pesticidas contendo glifosato em seus próprios países.

 

A decisão de estender a licença para o glifosato por dez anos pode gerar preocupações para algumas pessoas. No entanto, essa decisão se baseia em evidências científicas atualmente disponíveis e em avaliações de instituições relevantes. Vale ressaltar que isso não significa que o glifosato seja absolutamente seguro, mas sim que não há um alerta claro dentro do escopo atual de conhecimento.

 

Da AgroPages


Horário da publicação: 20/11/2023