O Projeto de Lei nº 32 do Ministério de Proteção Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa da Agricultura do Brasil, publicado no Diário Oficial de 23 de julho de 2021, lista 51 formulações de agrotóxicos (produtos que podem ser utilizados pelos agricultores). Dezessete dessas preparações eram produtos de baixo impacto ou produtos de base biológica.
Dos produtos registrados, cinco contêm princípios ativos que chegaram pela primeira vez ao Brasil, três contêm princípios ativos de origem biológica que podem ser utilizados na agricultura orgânica e dois contêm princípios ativos de origem química.
Três novos produtos biológicos (Neoseiulus Barkeri, S. chinensis e N. montane) são registrados na Especificação de Referência (RE) e podem ser utilizados em qualquer sistema de cultivo.
Neoseiulus Barkeri é o primeiro produto registrado no Brasil para o controle de Raoiella indica, importante praga do coqueiro. O mesmo produto baseado no registro ER 45 também pode ser recomendado para controle do ácaro branco.
Bruno Breitenbach, coordenador geral de pesticidas e produtos relacionados, explicou: “Embora tenhamos produtos químicos para controlar os ácaros brancos à nossa escolha, este é o primeiro produto biológico para controlar esta praga”.
A vespa parasita Hua Glazed Wasp tornou-se o primeiro produto biológico baseado no registro ER 44. Antes disso, os produtores tinham apenas um produto químico que poderia ser usado para controlar a Liriomyza sativae (Liriomyza sativae).
Com base no Regulamento de Referência nº 46, o produto de controle biológico registrado para ácaros da montanha Neoseiia é recomendado para o controle de Tetranychus urticae (Tetranychus urticae). Embora existam outros produtos biológicos que também podem controlar esta praga, este produto é uma alternativa menos impactante.
Um ingrediente ativo químico recentemente registrado éciclobromoximamidapara o controle de lagartas de Helicoverpa armigera nas culturas de algodão, milho e soja. O produto também é utilizado no controle de Leucoptera coffeella em lavouras de café e Neoleucinodes elegantalis e Tuta Absolute em lavouras de tomate.
Outro ativo químico recém-registrado é o fungicidaisofetamida, utilizado no controle de Sclerotinia sclerotiorum nas culturas de soja, feijão, batata, tomate e alface. O produto também é recomendado para o controle de Botrytis cinerea em cebolas e uvas e Venturia inaequalis em culturas de maçã.
Outros produtos utilizam ingredientes ativos registrados na China. O registro de agrotóxicos genéricos é muito importante para reduzir a concentração do mercado e promover a concorrência, o que trará oportunidades comerciais mais justas e menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Todos os produtos registados são analisados e aprovados pelos departamentos responsáveis pela saúde, ambiente e agricultura de acordo com padrões científicos e melhores práticas internacionais.
Fonte:AgroPages
Horário da postagem: 13 de setembro de 2021