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Desequilíbrio de precipitação, inversão sazonal de temperatura! Como o El Niño afeta o clima do Brasil?

Em 25 de abril, em relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é apresentada uma análise abrangente das anomalias climáticas e eventos climáticos extremos causados ​​pelo El Niño no Brasil em 2023 e nos três primeiros meses de 2024.
O relatório observou que o fenômeno climático El Niño dobrou a precipitação no sul do Brasil, mas em outras áreas, a precipitação tem sido bem abaixo da média. Especialistas acreditam que a razão é que entre outubro do ano passado e março deste ano, o fenômeno El Niño causou várias rodadas de ondas de calor nas regiões norte, central e oeste do Brasil, o que limitou o progresso de massas de ar frio (ciclones e frentes frias) do extremo sul da América do Sul para o norte. Em anos anteriores, essa massa de ar frio ia para o norte até a bacia do rio Amazonas e encontrava o ar quente para formar chuvas em grande escala, mas desde outubro de 2023, a área onde o ar frio e o ar quente se encontram avançou para a região sul do Brasil a 3.000 quilômetros de distância da bacia do rio Amazonas, e várias rodadas de chuvas em grande escala foram formadas na área local.
O relatório também aponta que outro efeito significativo do El Niño no Brasil é o aumento da temperatura e o deslocamento de zonas de alta temperatura. De outubro do ano passado a março deste ano, os maiores recordes de temperatura da história do mesmo período foram quebrados em todo o Brasil. Em alguns locais, a temperatura máxima ficou de 3 a 4 graus Celsius acima do pico recorde. Enquanto isso, as temperaturas mais altas ocorreram em dezembro, a primavera do Hemisfério Sul, em vez de janeiro e fevereiro, os meses de verão.
Além disso, especialistas afirmam que a intensidade do El Niño diminuiu desde dezembro do ano passado. Isso também explica por que a primavera é mais quente que o verão. Os dados mostram que a temperatura média em dezembro de 2023, durante a primavera sul-americana, é mais alta que a temperatura média em janeiro e fevereiro de 2024, durante o verão sul-americano.
Segundo especialistas climáticos brasileiros, a intensidade do fenômeno El Niño diminuirá gradualmente do final do outono ao início do inverno deste ano, ou seja, entre maio e julho de 2024. Mas, imediatamente após isso, a ocorrência de La Niña se tornará um evento com alta probabilidade. A previsão é de que as condições de La Niña comecem no segundo semestre do ano, com as temperaturas da superfície nas águas tropicais do Pacífico central e oriental caindo significativamente abaixo da média.


Horário da publicação: 29/04/2024